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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Kalbelyas


Dentro de cada estado da Índia, existe muitas subculturas distintas da cultura Hindu, muitos dos quais estão divididos por casta ou tribo, cada um com seu próprio estilo de dança. O deserto do Thar estende-se pelo território da Índia e Paquistão, um deserto quente e seco no noroeste da Índia, perto dos estados de Punjab e Gujarat.

No Rajastão, região deserta da Índia encontramos várias formas de danças folclóricas.

Kalbelia é o nome desta forma de dança representada pela tribo cigana com o mesmo nome. Estas danças são parte integral da cultura desta comunidade.

 
Kalbelias eram conhecidos por seu movimento freqüente de um lugar para outro nos tempos antigos.
A principal ocupação desta tribo no passado era a captura e comercialização de cobras e do seu veneno. Esta tribo, seguidora da religião hindu, é também conhecida como Sapera(serpente) ou Jogira. O maior número desta população pode ser encontrada nos distritos indianos de Pali, seguido de Ajmer, Chittorgarh e Udaipur.

A dança é executada pelas mulheres e seus movimentos se assemelham aos sinuosos movimentos das serpentes, demonstrando flexibilidade, graça e espontaneidade. Uma dança vigorosa e vibrante em que a dançarina explora os balanços de ombro, quadril e giros, além de movimentos acrobáticos.



A música é tarefa dos homens, exímios intérpretes de instrumentos como o Pungi, Dufli, Beer, Khanjain, Morchang, Khuralio ou do Dholak.


As danças Kalbelia são hoje mundialmente conhecidas, é uma forma de celebração de momentos de alegria desta comunidade cigana partilhados por quem visita o deserto do Thar, no estado indiano do Rajastão.






Gulabi Sapera é a mulher responsável por divulgar esta dança ao público internacional.








Gulabi Sapera pertence à casta dos Kalbeliyas. Desde pequena acompanhava seu pai nos trabalhos de captura e apresentações das serpentes, ela passava o dia observando o pai tocar flauta e a serpente dançar. Ficava o dia inteiro sem comer, pois só tinha o leite materno e sua mãe não a acompanhava. Nesta casta os homens trabalham com a música, captura de serpentes, e as mulheres executam a dança. Depois de algum tempo acompanhando seu pai, ele passou a dar-lhe um pouco do leite que os aldeões davam para ele alimentar a serpente; pois é tradicional dar leite para serpente após sua dança, e Gulabi bebia no mesmo pote.

Gulabi quebrou certos tabus sociais, tanto pessoais como de tradição, tornou-se uma referencia para o público indiano e internacional. Como bailarina contemporânea renova continuamente seu vocabulário coreográfico.

Hoje é considerada a “A cigana Rainha do Rajastão”.






 

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